domingo, 21 de novembro de 2010


Tão assim

Tão incerta

Tão inquieta

Tão capaz

As objeções são tantas como as moléculas de nitrogênio no ar

A ansiedade toma conta da minha alma mais do que da noiva no altar

Como pôr-se de acordo a essa imensidão de conflitos internos

Orvalhado por emoções de base sólida, mas sem teto

Viver de oportunismo e observar as estrelas seria o correto?

Que resposta esperas ler, que resposta espero dar?

Tantas vezes essa sensação já se manifestou assim

Mas a cada nova rodada é como se eu não soubesse o fim

O final é sempre este, o aquele não faz parte do meu ser

Serão voltas e mais voltas e no final sempre você!

Tão incerta

Tão inquieta

Tão capaz

Tão incerta do que sente; tão inquieta por imaginar e tão capaz de superar!

Dayane Carneiro!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Meu Carrossel

Nunca imaginei que um curso pudesse proporcionar tanto prazer. É cursando uma licenciatura e na vivência do estágio que posso falar sobre a melhor coisa que as Letras me oferecem – MEUS alunos. Nenhuma outra colocação pronominal me garante tanto prazer. MEUS alunos nem sempre são verdadeiros, pois vivem de sonhos e quem vive de sonhos usufrui de um mundo utópico. São tablados da sinceridade constante, pois não escondem o que pensam.

Ser professora é algo bastante complicado, porém maravilhoso; não é apenas saber conteúdo; passá-lo; fazer chamada; escrever qualquer coisa no quadro e achar que cumpriu o papel. Ser professora é possuir duvidas
e humildade para buscar respostas; é tomar nota que não é a detentora do saber; é querer entender o porquê daquela ausência e não apenas registrá-la; é compreender as diferenças e amá-las independente de qualquer coisa; é doar-se; é receber!

A primeira vez que entrei em uma sala de aula, sabia tão pouco quanto cada um deles, meus olhos também não sabiam como olhar, mas meu coração gritou em silêncio e um alto enunciado penetrou em outros corações que ali batiam, um recado que dizia assim: "Sou mais uma de vocês, para, com e por vocês!" Eles não me escutaram, mas sentiram e confiaram.

Muitas turmas, muitos alunos, mas sempre sei o nome de cada rosto que me examina. Seus nomes são tão importantes, para mim, quanto de um familiar. MEUS alunos são como minha segunda família, uma comparação bastante pertinente já que, também, não os escolhi a dedo, mas tenho por eles sentimentos tão fortes quanto pelos que carregam meu sangue. Muitos dos meus alunos são os medos que assombram as ruas, outros a fome que circula, tantos são os que carregam sonhos tão difíceis de concretizarem, vários os que estão na escola para qualquer coisa menos estudar. Eu não tenho medo dos que assustam; faço valer a conquista dos que por um "pão" ainda estão ali; mostro que as dificuldades não são motivos para desistência; faço valer o conhecimento, compartilhando-o de modo com que eles aprendam que escola é um bem que eles possuem.

É contagiante o sorriso de cada um deles; é incalculável poder recompensá-los com boas notas, mostrando que eles são capazes; é indescritível a sensação de ser levada, entre mil conversas e vozes, ao ponto de ônibus; é insubstituível o “tchaaaau pró” (dito em coro) ao me verem sendo arrastada para um lado bem diferente do deles – O meu mundo que tento, ao máximo, trazer para eles a cada reencontro. São minhas fontes de emoções. As lágrimas caem de mim lembrando-me de cada segredo que eles dividem comigo; lembrando das mil cartinhas, fotos, lembrancinhas, bilhetinhos e frases com que eles me presenteiam com a mesma alegria a qual recebo; lembrando que transformei muitos, lembrando que eles me têm, lembrando que enquanto eu estiver ali eles terão alguém com quem contar, lembrando que a cada chamado “pró” eu respondo com um “oi, meu amor”.

Dayane Carneiro!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010


O tempo e a cura

Tratando de tempo, sentimento e suas circunstâncias é costume escutar que o tempo é o senhor curador das dores, dos obstáculos, de tudo que envolve um teor de sofrimento afetivo, mas acho essa afirmação inexata. O tempo é a medida de duração dos fenômenos, ele não pode curar nada, ele apenas leva ao esquecimento total dos fatos ou parcial (o que ajuda bastante), mas não é papel do tempo realizar a benevolência de debelar um sintoma, o que cura são os remédios; podem ser vários. Tempo não é remédio! Tenho uma ferida que pode ser considerada, no máximo, cicatrizada... O tempo foi apenas o palco, o espetáculo foi a junção de vários fatores que puderam acontecer entre as linhas do tempo. Quando escrevo cicatrizada tento mostrar que se o tempo curasse a tal ferida não mais haveria marca. Cicatriz é marca! O tempo que cura é chamado de repouso, resguardo. É um certo pedaço do tempo determinado para tal que, geralmente, é auxiliado por antibióticos. O tempo que cura tem nome: RESGUARDO! O que não for resguardo, não pode ser tempo que cura. O tempo é a necessidade e essa oferece consequências com a movimentação, e então a partir de movimentações as feridas podem ou não serem curadas. Mas o tempo por si só não cura nada, pelo contrário, vai levando ao fim de maneira singela, certa e eficaz. Queria parar no tempo se assim, ainda, pudesse desfrutar dos acontecimentos, esses sim ajudam, curam, salvam... O tempo não está te ajudando, ele está rindo de você, ele está te levando ao fim. Então aproveite dele o que ele pode oferecer de bom: AS CIRCUNSTÂNCIAS!
O tempo não cura, ele passa e junto com ele; muitas coisas e, às vezes, vão-se para sempre!


Dayane Carneiro!

domingo, 7 de novembro de 2010


Refletindo por osmose

Ontem uma frase chamou minha atenção, essa dizia: "Achar a mulher certa está difícil, mas procurar está muito bom". Fiquei pensando, durante todo o resto do dia, neste enunciado e entre meus pensamentos, fui em busca de opiniões. Perguntei a três pessoas de estilos, desejos, sonhos e objetivos diferentes. É importante destacar que todas essas pessoas pertencem ao sexo masculino, pois sobre minha indagação apenas as respostas vinda dos homens poderiam vir a me servir em alguma reflexão sobre tal frase. O primeiro foi
um colega que disse-me: "Sei que assumir um compromisso sério, às vezes, pode ser legal e tal, mas o homem quer mesmo é ficar com várias, se é a certa ou a errada pouco interessa a ele, porque se é certa ele continua procurando, se é errada ele continua ficando e graças a Deus a vida é assim!". A segunda opinião veio de um grande amigo, considero-o a mais perfeita personificação da "poligamia", ele tem mais de 3 namoradas. Perguntei o que ele achava da frase, disse-me: "Day, o homem vai vivendo com várias até encontrar uma que ele possa parar, só que o homem não quer parar nunca e mesmo quando encontra, continua a "busca" porque, na maioria das vezes, no momento não existe satisfação ou razão maior do que a própria procura". O terceiro foi também o último a ser questionado e ele disse-me assim: " Todo homem passa pelo processo de conhecer várias, e confesso que quando se demora demais para encontrar não considero essa busca nada extraordinária, bom mesmo é encontrar a mulher certa o quanto antes, para se viver bem, para poder compartilhar de uma vida juntos, construindo algo, modificando certos conceitos e melhorando a vida de cada um no que for possível. O homem que vive na busca incessante por uma mulher certa, muitas vezes, se faz de cego porque não sabe o que é o amor ou porque não quer saber. Eu encontrei a mulher certa e é essa a razão que me faz feliz por tê-la encontrado. Apenas lamento a demora, se eu pudesse teria chegado muito antes, meu amor!" Este terceiro depoimento veio do homem o qual estou escolhendo para minha vida, essa opinião dele é apenas mais um detalhe diante todos os motivos que me faz perceber nele o possível fim da minha busca. Quanto a minha opinião sobre a tal frase, veja que ela se formou a partir das outras três opiniões, o que mostra a importância da diversidade e, assim, Dayane Carneiro finaliza, talvez não a sua busca (...), mas a sua oipinião sobre a frase: "Se ele é o certo ou não pouco me importa, no momento não existe satisfação ou razão maior do que a que me faz feliz por tê-lo encontrado."

Dayane Carneiro!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Não sei quem são os autores, mas vamos lá e divirta-se se puder! (Dayane Carneiro)

"O amor não faz você ouvir a voz do coração. O nome disso é ecocardiograma. O amor é outra coisa."
"
O amor não te deixa sonhando acordado. O nome disso é sonambulismo. O amor é outra coisa."
"O amor não libera a criança que existe dentro de você. O nome disso é cesariana. O amor é outra coisa."

"
O amor não te enche de esperanças e perspectivas de sucesso. O nome disso é livro de auto-ajuda. O amor é outra coisa."
"
O amor não te leva a lugares inesperados. O nome disso é sequestro relâmpago. O amor é outra coisa."
"
O amor não te deixa temporariamente cego. O nome disso é spray de pimenta. O amor é outra coisa."
"
O amor não te deixa completamente imóvel. O nome disso é trânsito de São Paulo. O amor é outra coisa."
"
O amor não faz brotar uma nova pessoa dentro de você. O nome disso é gravidez. O amor é outra coisa."
"
O amor não te faz acreditar em falsas promessas. O nome disso é campanha eleitoral. O amor é outra coisa."
"
O amor não te surpreende com declarações apaixonadas no meio da madrugada. O nome disso é embriaguez. O amor é outra coisa."
"
O amor não te faz ver tudo com outros olhos. O nome disso é transplante. O amor é outra coisa."
"
O amor não faz você se sentir sempre acompanhado. O nome disso é encosto. O amor é outra coisa."
"
O amor não renova suas energias e cura seus males. O nome disso é Cogumelo do Sol. O amor é outra coisa."
"
O amor não faz você chorar sem motivos. O nome disso é cebola. O amor é outra coisa."
"
O amor não nos faz perder a noção do tempo. O nome disso é horário de verão. O amor é outra coisa."
"
O amor não te deixa mais leve. O nome disso é regime. O amor é outra coisa."
"
O amor não é aquilo que entra no coração quando você menos espera. Isso é bala perdida. O amor é outra coisa."
"
O amor não é algo que faz o seu coração continuar batendo. O nome disso é marca-passo. O amor é outra coisa."
"
O amor não aumenta sua auto-confiança e o seu sex appeal. O nome disso é carro importado. O amor é outra coisa."
"
O amor não faz você passar horas conversando no telefone. O nome disso é promoção da TIM. O amor é outra coisa."

Acredite, mas sempre duvidando!
(Dayane Carneiro)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um sonho que tive

Essa noite tive um sonho muito estranho, sonhei com aquele o qual eu achava adormecido a título de meu amor. No sonho meu sentimento por este alguém estava deveras ressuscitado, consegui senti-lo quase que de maneira real. Sonhos têm o poder de trazer-me as antigas recordações, já remetidas ao acaso, já esquecidas, já sem desejos, já sem esperanças, com quase a mesma ênfase sentimental da realidade! Foi um sonho que despertou um sentimento que, delicadamente, já se fazia secundário em meu plano de vida, estava tão guardado, mas, agora aqui, outra vez acordado. Gostaria muito de entender o que são os sonhos, se eles desejam nos dizer algo ou se somos nós quem queremos dizer alguma coisa, para nosso íntimo mais inconsciente, através desses devaneios... Repousei nessa dúvida com um aperto no coração, pois esse não receberá respostas até que o tempo venha e carregue em seus ponteiros essa noite e suas consequências (de fechar os olhos e desejar, discorrer, lembrar, reviver... Não sei dizer!). Conversei com a minha irmã sobre o sonho em questão e ela disse-me assim: “Deve ter sido por ontem, pois você falou sobre essa pessoa...” Minha irmã queria clarear-me, mas esse sonho, apesar de claro e evidente nos fatos e imagens, fez-se incógnita. E mesmo com a afirmação de minha irmã, não obtive uma resposta concreta e circundei-me com mais uma dúvida. Além de querer saber o que o sonho quis mostrar-me, comecei a indagar-me o motivo pelo qual falei sobre esse amor que eu tanto afirmei está dormindo! Será que esse amor tem sono leve? Vai saber...


Dayane Carneiro!