terça-feira, 20 de dezembro de 2011


Não entendo...

Sim, essa noite pensei muito antes de adormecer.

Não entendo as voltas que o mundo dá. Não entendo olhar para uma criança feliz ao brincar no lago e depois de algumas voltas do mundo o lago afogá-la.

Não entendo a palavra amor que quando dita é considerada, em grande parte, falsa. Mas quando não dita é, várias vezes, onde ela se encontra. Não entendo essa mesma palavra ser questionada por ser numerosamente pronunciada... A palavra ódio tem que prevalecer para o amor ser mais sincero quando dito?

Não entendo as pessoas; não falam o que pensam, mas passam a vida pensando no que falam ou no que deixaram de dizer.

Não entendo as relações. Elas, geralmente, têm prazo de validade e quando vencem; perdem!

Não entendo nada. Se bem que o nada é a única certeza: puro e simplesmente ela.

Onde o mundo vai parar? Em lugar nenhum! Vai continuar dando voltas e voltas sem rumo diferente enquanto as pessoas pensarem dessa maneira, sempre igual!

Dayane Carneiro!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Gostar

Todo mundo já gostou de alguém, gosta ou vai gostar e vai se decepcionar, está se decepcionando ou irá. É lei natural da vida.

E quando não dá certo? Isso é o que mais vem chamando minha atenção, pois andei mergulhando pelo facebook (excelente objeto de estudo para tal conclusão) e descobri várias pessoas sofrendo por gostar. Fiquei muito surpresa com algumas pessoas, mas depois entendi que QUALQUER cidadão está susceptível a sofrer decepções. Não existe uma regra a qual se seguirmos nos livraremos do sofrer, pois o gostar é do coração e quem pode entender o que esse órgão quer? Mas podemos deixar de insistir em algo que o resultado já se mostrou negativo.

Nas mulheres vi que quando saem de um relacionamento e ainda nutrindo sentimento pelo seu ex “companheiro”, elas vão em busca de melhorar a alta estima aos olhos de quem as deixaram, como se a opinião ou querer de UMA pessoa fosse o veredito de todo o universo. Investem nos serviços de salões de beleza, passam mais tempo nas academias, escolhem as melhores roupas, sapatos, escrevem frases em suas páginas de internet ou como desabafo ou como isca, tentam chamar atenção com fotos, recados de amigas, vão mais as festas, e na maioria da situações voltam para casa mais deprimidas do que foram. O erro? O alvo... Apenas! Não adianta querer fazer alguém gostar de você se essa pessoa teve todo o tempo e não o fez. Partir para outra! Mas não no intuito de mostrar, mas de viver!

Os homens são mais complicados de serem analisados, pois eles não se abrem tanto. Suas dores são sentidas em pequenos goles e aos poucos eles vão tentando esvaziar o líquido do sofrimento. Mas eles compreendem melhor o sentimento de perda. Muito mais! Não são de fazer joguinhos, encaram uma rejeição de forma mais tranquila (não estou dizendo menos dolorosa), os homens são mais amáveis com eles mesmos. E isso faz grande diferença.

São apenas pensamentos, mas se você se encontrou em minhas palavras, saiba de uma coisa: quem te merece de verdade não te fará sofrer, pois o gostar é o antônimo de sofrimento e só quando você entender isso vai poder ser digno de si mesmo e do gostar de alguém!

Dayane Carneiro!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Tatuagem

Não tenho tatuagem. Mas se um dia fizer, já sei o que será. Já que é para ficar marcado, entendo que tem que ser algo que realmente expresse uma significância bastante relevante. Poderia ser sobre alguma das muitas histórias em minha vida, experiência, momento, vontade etc. Tenho muitas opções do que carimbar em mim e que poderiam obter o êxito do merecimento. Mas confesso que essa forma sempre me chamou muita atenção. Então será assim... Vou tatuar uma letra! Não, não é a inicial do meu nome, não do meu... Não é a inicial do nome da minha mãe, pois essa já se encontra perfeitamente registrada em mim!

Enfim... Escolhi a letra P! Podem associar ao que quiser e garanto que encontrará sentido, pois confesso que durante todas as minhas emoções, a letra P sempre esteve bastante presente... Além de tudo, semeio que, independente dos desvios de caminhos, no fim me sobre pelo menos o P de Paz!

Dayane Carneiro!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Com Você

Sou capaz de voar, sim!

Basta ter a sua ajuda e sou...

E entre as nuvens brancas de paz sentir frescor,

Mais próxima do céu,

De todo aquele azul de mistérios,

És você quem quero!

Descobri que minhas asas são o teu olhar

Com ele posso voar,

E por ele tenho motivos para aterrissar.

Dayane Carneiro!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Crescer de fato

Chega um dia em que você tem que escolher entre crescer ou parecer ser grande. Apesar da aparente semelhança, é na verdade um paradoxo o qual optei pelo crescimento. Cansei de tentar mostrar que meu estágio prematuro me domina, pois quero ser uma pessoa que o tempo caminha lado com a maturidade. Não que maturidade e precocidade divergem uma da outra, mas ressaltam em singular. Enquanto menina precoce posso desenvolver muitas ideias e ganhar título de forte, mas a fortaleza pode ser desenvolvida através da fraqueza de uma maturidade tímida, frágil. Descobri isso junto à metamorfose em quem me inseri, pois foi preciso bastante força para estabelecer-me vulnerável no mundo de gigantes. Quando afirmo vulnerável me refiro ao modo de entender as coisas, de não ser sempre firme, mas perceber que as coisas mudam e nem sempre precisam ser concretas para obterem êxito. Percebi que fui uma menina safa, mas uma menina. Agora vejo-me mudada, e isso é perceptível não por uma ou outra ação, mas por ter essa visão desenvolvida em minha consciência que enfim se caracteriza como de completo desenvolvimento. A diferença entre ser precoce e ser madura é que uma atropela circunstâncias e a outra as entende respectivamente. Abstenho-me do rótulo "menina precoce" e passo a ser mulher!

Dayane Carneiro!

sábado, 4 de junho de 2011


Doendo por tabela

Tantas as lágrimas que já derramei por “amor”, tantos sofrimentos já me fizeram sentir-me palco da maior infelicidade do mundo. Agora choro diferente. Choro um choro que não é meu e esse despejo de lágrimas dói muito. Fatos acontecem ao meu redor, mas nenhum me fez ficar tão sensível como este. Entendo agora quando as mães preferem passar o sofrimento no lugar dos filhos. Sinto-me assim. Mas preciso mostrar-lhe que por mais belo que tenha sido, passou... E não significa que algo quando passa, um outro não vem. E pode ser até que fique! Por mais lindos que tenham sido os dias ao lado de um alguém, não significa que a ausência dessa companhia deixará os dias mais tristes. Pode deixar ao seu modo de ver, mas ponto de vista a gente muda. É SÓ QUERER! Amor não é promoção, não precisa ser caro, mas na maioria das vezes ele é tão de grátis como o ar que respiramos e nem por isso é menos importante, muito pelo contrário... Quando digo em amor com preço é porque acredito que pagamos com obstáculos (incompreensão, ciúmes, infidelidade, mentiras, mágoas e etc.) para poder usufruir desse sentimento e enfrentamos tudo porque acreditamos na teoria da compensação. Com o amor sem preço não precisamos enfrentar obstáculos como esses citados e ainda temos a verdade e paz como garantias. Então choraremos sim, mas não pelo que se vai. E quando pagamos por ele, entenda como um "a longo prazo" do que está por vir. ACREDITE!

Dayane Carneiro!

terça-feira, 10 de maio de 2011




Ñ eh o qi pareçi

...Principalmente aqui no Brasil, onde temos o costume de cometer equívocos, muitas vezes cientes do certo, mas optando pela modificação. E para esse hábito bem nacional denominamos, quando não tão maléfico, de “jeitinho brasileiro”.

Quantas palavras escrevemos de forma errada? Dezenas, centenas! E nem sempre é por não sabermos a maneira correta, mas por costume de externar do jeito que queremos. Como estudante do vernáculo e telespectadora de milhares de alunos posso afirmar isso com segurança.

O uso de palavras em redes sociais de internet mostra isso ainda mais. Palavras errôneas, mas paralelas, muito usadas por adolescentes que criam a moda em seus mundos particulares. Erros que não significam um baixo nível de IDEB, mas de diversidade “oferecida” pela linguística. Não estou fazendo apologia ao erro, mas sou extremamente aberta à diversidade da escrita, sou adepta ao pluralismo quando é identificável o erro como consequência e não como fato. É a retratação desses erros não como duvidosos, mas como alterados!

Por que escrevemos CASA se o som é KZA? E então emanamos um monte de regras para tentar mostrar ao alfabetizando que, muitas vezes, o correto não é como se escuta. São milhares de formas genéricas que são usadas para modificar as palavras e surtem o mesmo efeito das originais. Lembrando que quando existe a compreensão de que o uso é feito por abreviações ou tonalização e não por falta de conhecimento por parte de quem escreve.

Língua complexa e envolvente! É o nosso belíssimo português "bem dizido"!

Dayane Carneiro!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quadro branco

Estava diante a um quadro branco. Solicitaram-me que eu deixasse traços, algo que pudesse ser usado como a minha identificação. Passei tempos olhando para aquele quadro. Escrever? Desenhar? Rabiscar? Não fazia ideia do que poderia ser marcado ali... Então me senti vazia. Tomei um susto com essa “descoberta” e já olhava o quadro com desgosto. Um desprezo que eu estava oferecendo a mim. Não me contentei! Precisava ocupar aquele quadro assim como minha alma habita em meu corpo. Mas não estava conseguindo e isso me ocasionou várias hipóteses indesejáveis sobre minha existência... Será eu um ser resultante de características menos consideráveis? Será que não poderia atribuir-me uma identificação satisfatória? Será que nenhum vocábulo, nenhum traço, nenhuma imagem poderia representar-me? Fechei meus olhos e deixei minha consciência guiar-me. Quando abri os olhos, meus dedos haviam contornado linhas... Essas linhas eram exatamente quatro, seus lados paralelos dois a dois, usufruindo de todas as extremidades do quadro branco. Eu havia criado minha identificação! Havia agora naquele quadro branco, outro quadro: vazio! Eu havia descoberto a mim. Eu sou um quadro branco! Posso ter muitas identificações. Posso ser nenhuma marca registrada, posso ser qualquer uma e ou todas. Sou permissível. Sou infindável. Posso parecer nada, mas sou exatamente a viabilidade de um tudo!

Dayane Carneiro!