terça-feira, 10 de maio de 2011




Ñ eh o qi pareçi

...Principalmente aqui no Brasil, onde temos o costume de cometer equívocos, muitas vezes cientes do certo, mas optando pela modificação. E para esse hábito bem nacional denominamos, quando não tão maléfico, de “jeitinho brasileiro”.

Quantas palavras escrevemos de forma errada? Dezenas, centenas! E nem sempre é por não sabermos a maneira correta, mas por costume de externar do jeito que queremos. Como estudante do vernáculo e telespectadora de milhares de alunos posso afirmar isso com segurança.

O uso de palavras em redes sociais de internet mostra isso ainda mais. Palavras errôneas, mas paralelas, muito usadas por adolescentes que criam a moda em seus mundos particulares. Erros que não significam um baixo nível de IDEB, mas de diversidade “oferecida” pela linguística. Não estou fazendo apologia ao erro, mas sou extremamente aberta à diversidade da escrita, sou adepta ao pluralismo quando é identificável o erro como consequência e não como fato. É a retratação desses erros não como duvidosos, mas como alterados!

Por que escrevemos CASA se o som é KZA? E então emanamos um monte de regras para tentar mostrar ao alfabetizando que, muitas vezes, o correto não é como se escuta. São milhares de formas genéricas que são usadas para modificar as palavras e surtem o mesmo efeito das originais. Lembrando que quando existe a compreensão de que o uso é feito por abreviações ou tonalização e não por falta de conhecimento por parte de quem escreve.

Língua complexa e envolvente! É o nosso belíssimo português "bem dizido"!

Dayane Carneiro!