quinta-feira, 11 de novembro de 2010


O tempo e a cura

Tratando de tempo, sentimento e suas circunstâncias é costume escutar que o tempo é o senhor curador das dores, dos obstáculos, de tudo que envolve um teor de sofrimento afetivo, mas acho essa afirmação inexata. O tempo é a medida de duração dos fenômenos, ele não pode curar nada, ele apenas leva ao esquecimento total dos fatos ou parcial (o que ajuda bastante), mas não é papel do tempo realizar a benevolência de debelar um sintoma, o que cura são os remédios; podem ser vários. Tempo não é remédio! Tenho uma ferida que pode ser considerada, no máximo, cicatrizada... O tempo foi apenas o palco, o espetáculo foi a junção de vários fatores que puderam acontecer entre as linhas do tempo. Quando escrevo cicatrizada tento mostrar que se o tempo curasse a tal ferida não mais haveria marca. Cicatriz é marca! O tempo que cura é chamado de repouso, resguardo. É um certo pedaço do tempo determinado para tal que, geralmente, é auxiliado por antibióticos. O tempo que cura tem nome: RESGUARDO! O que não for resguardo, não pode ser tempo que cura. O tempo é a necessidade e essa oferece consequências com a movimentação, e então a partir de movimentações as feridas podem ou não serem curadas. Mas o tempo por si só não cura nada, pelo contrário, vai levando ao fim de maneira singela, certa e eficaz. Queria parar no tempo se assim, ainda, pudesse desfrutar dos acontecimentos, esses sim ajudam, curam, salvam... O tempo não está te ajudando, ele está rindo de você, ele está te levando ao fim. Então aproveite dele o que ele pode oferecer de bom: AS CIRCUNSTÂNCIAS!
O tempo não cura, ele passa e junto com ele; muitas coisas e, às vezes, vão-se para sempre!


Dayane Carneiro!

Um comentário:

  1. É minha primeira vez aqui e adorei tudo...Voce é Dayane Carneiro,eu sou Marisa Mattos.Passarei a te seguir,pois achei seu blog muito inteligente,viu?Beijoks!!!

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